Ouvir palavras repletas de dor, angústia ou sem
nexo aparente, pode vir a ser um trabalho intenso. Mais ainda, se nos
propomos a não fazer juízos críticos e a tentar desvendar o material
inconsciente que se encontra por trás desse discurso.
É a isto
que se propõe a escuta psicológica. A manter uma atitude profissional, que ouve
a partir de seus valores e crenças, mas não os coloca em ação como juízo na
interpretação da escuta do discurso de quem está sendo analisado.
Essa neutralidade a que o psicólogo se propõe aponta para um papel que não é o de sugerir, nem
julgar a vida do sujeito que está sendo analisado. É uma escuta no sentido pleno do termo, que faz com que o discurso se modifique
e adquira um sentido novo aos próprios ouvidos do analisado, assim como para
quem analisa (STERIAN, 2001).
Na psicoterapia, tão importante quanto a escuta do profissional de psicologia, é a sua escuta de si mesmo.
Referência
STERIAN, A. Emergências psiquiátricas. Casa do Psicólogo, 2001.
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